Publicado em 05 de junho de 2024
Jornal Contábil

5 motivos que levam os trabalhadores a pedir demissão

A maioria dos gestores de empresas se pergunta por que as pessoas pedem demissão. Esse questionamento faz parte do cotidiano de reuniões do RH e, em algumas organizações, costuma tirar o sono de quem administra um negócio.

 

Há uma série de fatores que levam uma pessoa a pedir demissão. Pode ser por baixa remuneração, benefícios inexistentes, carga horária ou falta de interesse nas atividades realizadas. Mas, sem dúvida, um dos motivos campeões de desligamento é o relacionamento com as lideranças.

Nesse cenário, saber como reverter essas situações deve ser uma das prioridades de negócio. Afinal, isso auxilia no desenvolvimento das empresas como um todo. Seja qual for o contexto de um negócio, uma coisa é certa: líderes não gostam de perder talentos, mas às vezes não estão tão atentos a eles. 

Um estudo, coordenado pela Reconnect Happiness at Work e a Feedz, também indica que, enquanto cerca de 50% dos funcionários se sentem engajados no trabalho, a outra metade se diz sobrecarregada (33,5%) ou apática. Essa onda pode levar ao chamado “Quiet Quitting” (demissão silenciosa).

O que é o Quiet Quitting?

Quiet quitting é a atitude no ambiente corporativo em que o empregado se propõe a trabalhar o mínimo necessário – o termo significa algo como demissão silenciosa, uma postura resignada contra a empresa por sentir que ela não valoriza seus colaboradores.

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Não há um fator causador único, mas toda uma conjuntura que vem fazendo com que essa postura ganhe mais força ao longo dos últimos anos.

Motivos que levam a pedir demissão

1 - Salários baixos

Um dos principais motivos, claro, é o salário. Esse não é o único fator, mas é o de maior peso. Para 73% dos brasileiros, o custo de vida aumentou. Por isso que bons funcionários estão largando seus empregos em busca de melhores oportunidades (seja em novos trabalhos ou no empreendedorismo).

2 - Excesso de trabalho

Talvez esse seja o segundo maior motivo de desligamento, e que também atrapalha o rendimento final do trabalho. Alguns chefes abusam dos principais talentos que têm e delegam a eles mais tarefas do que eles realmente conseguem realizar.

Com a sobrecarga, o trabalho não é entregue tão bem realizado quanto antes e pode  gerar até frustração para a pessoa. É natural que, ao aumentar as atividades de uma pessoa, ela espere também algum bônus ou promoção de cargo.

 

3 - Insatisfação com as lideranças

As empresas de hoje estão preocupadas com chefes que são líderes de verdade, que se importam além do profissional, mas também do pessoal dos seus funcionários. Eles sabem compartilhar do sucesso, simpatizar com os momentos difíceis e a hora certa de desafiar alguém.

É impossível passar 8 horas por dia na presença de um chefe que não se importa. Frustrar os funcionários com promessas que não serão realizadas ou com metas que são impossíveis de serem alcançadas podem piorar ainda o quadro.

4 - Falta de incentivo profissional

O RH faz um grande trabalho para captar o talento com as habilidades certas e paixão para descobrir o novo, para aprender. O mau chefe trava esse desenvolvimento e cria um trabalhador que não se engaja, não tem motivação e nem interesse em ir além.

Além disso, é necessário um feedback periódico, em que esse funcionário receberá um retorno de todas as suas ações (positivo ou negativo) e saberá o que fazer a seguir. Se um chefe não fizer isso, os talentos tendem a ficar entediados ou perdidos. Nesse cenário, o pedido de demissão é bem provável.

Lembre-se: para funcionários talentosos, as empresas estão sempre de portas abertas, afinal, quem não quer ter um talento inspirado para alcançar sucesso?

5 -  Problemas com a saúde mental

Há pouco tempo, a Síndrome de Burnout foi oficialmente reconhecida como uma doença mental pela OMS. No Brasil, os casos de ansiedade cresceram assustadoramente. O número de brasileiros que viram sua saúde mental piorar durante a pandemia chegou a 53%.

Nessa linha, é evidente que a preocupação com a saúde mental deve ser prioridade. Afinal, é o principal ativo dos trabalhadores. Agora, quando trabalhadores se veem em um ambiente tóxico e prejudicial para a sua saúde, a primeira reação é procurar por um novo emprego.

Sendo assim, um dos motivos da grande onda de pedidos de demissões está na saúde mental desgastada. E desse modo, trabalhadores estão em busca de empresas que prezam e apoiam a saúde física e mental com ações práticas e sustentáveis a longo prazo.

Conclusão

Para líderes e colaboradores se reconectarem é fundamental repensar os aspectos de gestão e de cultura organizacional. Um dos principais pilares de modificação é a valorização da jornada de trabalho flexível com novos padrões de controle. 

A retenção de talentos só ocorrerá se houver projetos que promovam a motivação e o engajamento da equipe. Dessa forma, os principais desafios serão liderar pelo exemplo e desenvolver um ambiente de trabalho colaborativo.

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